“Que sorte”, pensei ao me enxergar na capa da revista. Não foi deslumbre, orgulho, encantamento: pensei em sorte. Não foram os caminhos íngremes e, por muitas vezes, extenuantes, que eu percorri ao longo de sete anos, nem o relacionamento carinhoso que criei com tantas pessoas durante a caminhada, nem o tanto que estudei e pesquisei e amadureci. Pensei em sorte.
Não acho que precisamos hipervalorizar cada passo. Mas tenho certeza que devemos ver com carinho nossas vitórias, grandes ou pequenas. Nos encarar com gentileza, sorrir e agradecer a si e a quem nos enxergou. Não deixar a síndrome do impostor nos engolir.
Eu brinquei no final de semana que não soube aproveitar os 15 minutos de fama. Passei o sábado inteiro longe do celular, brincando de slime com minha cunhadinha, conversando com a família, curtindo uma janta especial com meu namorado. Eu não soube aproveitar os 15 minutos de fama, aqueles mesmos que Andy Warhol tão sabiamente previu que chegariam a todos, mas soube curtir um dia cheio de vida do lado de cá. E, no meu tempo, pude agradecer as centenas de mensagens tão, mas tão lindas que recebi. Fiquei emocionada com tanto carinho, vocês são demais!
Seguimores, obrigada por entenderem o meu jeito e, ainda assim, permanecerem. Os clichês só são clichês por serem tão reais, então lá vai: sem vocês, esse perfil não faria sentido algum. E eu amo me derramar por aqui ❤️