Cansa ir devagar. A gente pensa demais, pesa demais, considera demais. As melhores decisões que já tomei na vida foram no impulso, num rompante de assertividade. Porque ponderar é importante, mas sentir no peito a decisão certa, é poderoso. Só que agora os planos ficam resguardados nas tantas caixas do futuro, abstratos, disformes, ansiosos. Planos velados, mas sedentos por consumação. É curioso: se pego um cardápio na mão, me demoro a escolher o que apraz. Nas pequenices, me perco, me enrolo. No que é determinante, porém, me encorajo. Porque a gente sente o peso da importância, e fica fácil de enxergar.
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Não vejo a hora de tomar as pequenas e as grandes decisões novamente. De me afogar num mar de possibilidades. De me ver perdida em frente a uma mesa de café da manhã repleta de pequenas indulgências. Saudade até das minhas mais bobas indecisões.