O sol derrama no meu quarto pelas manhãs. Logo que acordo, arrumo a cama, me espreguiço longamente e abro a janela. Escancaro, na verdade. Nessa hora, a luz ainda entra tímida, esboçando uma que outra sombra, como quem pede licença. Enquanto os raios não ultrapassam os edifícios que atrasam nosso encontro, passo meu café com calma, pra voltar pra cama hipnotizada pelo laranja quentinho e confortável do alvorecer. Enquanto vivo de lembrar, meu calor vem todo do sol. Mas que saudade de queimar.